terça-feira, 26 de julho de 2016

Eterna Vitória

Foto: Pau Storch

Ela foi quem mais achei que pudesse vir a ressentir-se com a chegada do mano. É a mais nova dos três, menina única desta família grande e filha do coração do seu {pai}drasto, a quem ensinou o que é isto do amor incondicional. Quando soube que eu estava grávida de um menino, chorou de desgosto, porque a ser "destronada", mais valia que fosse por uma irmã chamada Mariana. Acalmou quando lhe explicámos que continuaria a ser a única princesa da família, e ficou francamente mais descansada quando percebeu que os meus sapatos e os meus anéis só teriam como único destino os seus pés e os seus dedos. Minudências que só as mulheres entendem!
Hoje, passados dois meses de Vicente, a Vitória cresceu mais um bocadinho e embora lhe veja, de vez em quando, alguns sinais de chamada de atenção, está rendida ao mano. Lambuza-o de beijos, envolve-o de abraços ternos e olha-o com aquela cara de amor que não engana.
Ontem pediu ao Rui mais um irmão. Queria que "ele tratasse disso", como se fosse assim tão simples. Não, não vamos ao quinto filho, mas sabe-la apaziguada com este furacão que entrou na sua vida, basta-nos.

3 comentários:

Magda disse...

Sinto o mesmo com o meu Tomás, que de mais novo e o ainda bebé da familia passou a irmão do meio. Ser o irmão do meio é chato, ficam sem chão, entre o querer crescer e ao mesmo tempo querer ser bebé. É duro. Mas o amor e o tempo resolvem (e o mimo da mãe tambem).

Lili disse...

...Tão doce.
Tão linda.
<3

Escrever Fotografar Sonhar disse...

Linda! E pega nele com uma doçura que enternece. bjs