domingo, 27 de outubro de 2013

Preciso de um saco de boxe. Obrigada.

Sou uma tipa porreira. Tão porreira que sou parva.
Evito todos os confrontos, todas as discussões, tudo aquilo que possa criar um ambiente hostil.
Detesto zangar-me com alguém, detesto que se zanguem comigo, e faço um esforço sobre-humano para agradar a gregos e a troianos, porque tenho sempre medo de não ter razão. De perder as estribeiras. De ser injusta, de me interpretarem mal.
Ora, esta postura magoa pouco as outras pessoas, mas fere-me de morte muitas vezes. Sufoca-me. Simplesmente porque o mundo não está cheio de gente fofinha. E quanto mais pisamos a vida com pezinhos de lã {não vá alguém irritar-se com o barulho que fazemos}, mais estridente é o mundo connosco. Às vezes, ensurdecedor.
 
Hoje decidi virar a mesa. Disse tudo o que tinha engulhado há uns anos e que nunca dissera, não fosse morrer.
E não morri. Estou aqui, de pedra e cal. Mais inteira que nunca. Mais viva que nunca. Mais próxima da minha verdade que nunca.
E o mundo de gente pouco fofinha que se vá cuidando comigo. Descobri que também posso ser muito barulhenta.E que não faz mal.
É oficial: perdi o medo.
 

7 comentários:

Isa disse...

Um dia o saco rebenta! Hoje foi o dia... Boa! Agora não o deixes encher outra vez!!

Unknown disse...

ser fontal é uma virtude!

Unknown disse...

ser frontal é uma virtude.

Unknown disse...

è tão libertador dizer-mos o que pensamos, tal como você disse, perder o medo. Muitos parabéns por isso.

Um beijinho, Andreia.

www.pontofinalparagrafos.blogspot.pt

Liliana Pereira disse...

Às vezes fazem falta estas explosões!

Libertam-nos! :)

Jonicas disse...


Estou com a sensação assustadora de que este Post foi escrito por mim... :D


(Recém aterrada no teu Blog!)

Dolce Far Niente disse...

Jonicas, bem-vinda! :)