Sou uma tipa porreira. Tão porreira que sou parva.
Evito todos os confrontos, todas as discussões, tudo aquilo que possa criar um ambiente hostil.
Detesto zangar-me com alguém, detesto que se zanguem comigo, e faço um esforço sobre-humano para agradar a gregos e a troianos, porque tenho sempre medo de não ter razão. De perder as estribeiras. De ser injusta, de me interpretarem mal.
Ora, esta postura magoa pouco as outras pessoas, mas fere-me de morte muitas vezes. Sufoca-me. Simplesmente porque o mundo não está cheio de gente fofinha. E quanto mais pisamos a vida com pezinhos de lã {não vá alguém irritar-se com o barulho que fazemos}, mais estridente é o mundo connosco. Às vezes, ensurdecedor.
Hoje decidi virar a mesa. Disse tudo o que tinha engulhado há uns anos e que nunca dissera, não fosse morrer.
E não morri. Estou aqui, de pedra e cal. Mais inteira que nunca. Mais viva que nunca. Mais próxima da minha verdade que nunca.
E o mundo de gente pouco fofinha que se vá cuidando comigo. Descobri que também posso ser muito barulhenta.E que não faz mal.
É oficial: perdi o medo.
7 comentários:
Um dia o saco rebenta! Hoje foi o dia... Boa! Agora não o deixes encher outra vez!!
ser fontal é uma virtude!
ser frontal é uma virtude.
è tão libertador dizer-mos o que pensamos, tal como você disse, perder o medo. Muitos parabéns por isso.
Um beijinho, Andreia.
www.pontofinalparagrafos.blogspot.pt
Às vezes fazem falta estas explosões!
Libertam-nos! :)
Estou com a sensação assustadora de que este Post foi escrito por mim... :D
(Recém aterrada no teu Blog!)
Jonicas, bem-vinda! :)
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