quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

É preciso uma aldeia inteira quando uma família se separa!


Ser Pai e Mãe é das tarefas mais desafiantes que existem. Acrescentemos-lhe a circunstância de uma separação ou de um divórcio, e a tarefa desafiante transforma-se numa missão de alto risco!
A vida fica virada de pernas para o ar, o chão sai-nos debaixo dos pés, ficamos submersos num carrossel de emoções gigante, parece que somos engolidos por um tsunami de onde custa sair.
Costumo dizer que um divórcio é como um acidente: faz feridos graves, pode causar situações de coma, deixa sequelas e implica um período de recuperação. Ora tudo isto, juntando-lhe a responsabilidade de sermos Pais e Mães, não é pêra doce!
Há que interiorizar novos hábitos, adquirir novas rotinas e reinventar rituais. Há que estar disponível para a mudança e, muito provavelmente, há que pedir ajuda.
O ditado diz que "é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança". Eu digo que é preciso uma aldeia inteira quando uma família se separa. Fazer uma sopa. Dar um ombro para chorar. Estar à distância de um telefonema. Ficar uma noite com os miúdos. Permanecer em silêncio (mas permanecer). Dar um jeito à casa. Oferecer colo. Não dizer nada, mas dizer tudo. Deixar chorar. Limpar as lágrimas. Assegurar que vai ficar tudo bem. Não desaparecer.

Quando me separei, a minha "aldeia" foram os meus pais e uma amiga. Olha à volta e descobre se podes ser "a aldeia" de alguém. Juro que faz milagres. E que salva vidas.

4 comentários:

O QUINTAL É MEU, EU PLANTO O QUE EU QUISER disse...

Gosto imenso de ler o que escreve. Identifico-me. Obrigada.

O QUINTAL É MEU, EU PLANTO O QUE EU QUISER disse...

Gosto imenso do que escreve. Identifico-me. Obrigada.

O QUINTAL É MEU, EU PLANTO O QUE EU QUISER disse...

😉

Mel disse...

é bastante difícil quando não se tem ninguém nessa aldeia e é apenas a força de Deus nos empurra para a luta e para continuar a sorrir!

bjs