Palavra de ordem: relaxar!

Hoje acordei às quatro da manhã para pôr a chucha ao meu filho, e não voltei a adormecer. São muitas coisas a ocupar-me a cabeça ao mesmo tempo, algumas preocupações, mudanças, tarefas que tenho penduradas e que preciso pôr em marcha.

A culpa é, nestes últimos tempos, a minha pior inimiga, porque tento chegar a todos e esforço-me brutalmente por fazer tudo o que tenho de fazer, mas não consigo e, com franqueza, não me apetece. Depois dos putos estarem todos deitados, sei de cor as mil tarefas que me esperam (elas - as sacanas das tarefas - olham para mim com ar inquisidor!), mas não as consigo encarar. Viro-lhes a cara com a maior lata deste mundo, enterro-me no sofá aconchegada ao meu homem, e adormeço a ver uma série qualquer, de preferência, uma que não requeira grande sentido crítico. Apagar a mente àquela hora da noite é, neste momento, a minha missão de vida (será isto o mindfulness?).

Tento não ficar engolida pela pressa dos dias e manter-me à tona. E também tento relativizar esta fase que vivo, em que as demandas pessoais e profissionais são muito exigentes e em que dou por mim a bocejar de 5 em 5 minutos e a fechar o cérebro a meio de conversas importantes. Acho que ele - o cérebro - sabe o que faz melhor que eu, porque anda a tentar dizer-me que preciso relaxar. Basicamente, preciso dormir uma noite seguida, sem chuchas para pôr, nem leite para dar, nem gato histérico a partir das 5 da manhã.

Isto sou eu a queixar-me de trivialidades. Fora isso, tenho a vida que escolhi e não queria outra.