Hoje foi um daqueles serões difíceis.
Vistas as coisas à luz da distância, os miúdos são miúdos e comportam-se como miúdos. Ou como os meus miúdos, pelo menos.
É preciso chamar para a mesa vezes sem conta.
É preciso dizer, vezes sem conta, que não se come com os cotovelos em cima da mesa, não se agarra a salada com a mão, nem se deixa o queixo a escorrer de gordura até pingar.
É preciso obrigá-los a comer a courgette que recheia a quiche e ouvir as sucessivas queixas sobre o sumo de laranja que precisa de açúcar, e sobre "os verdes" que estão sempre a mais no prato.
É preciso mantê-los focados na correcção dos TPC enquanto se prepara o jantar {que depois nem sempre agrada!}, ao mesmo tempo que se tenta dar atenção paralela à criança mais pequena, que ainda não faz trabalhos de casa, e que regateia por mimo.
É preciso controlar o tom de voz, embora apeteça disparatar.
E, às vezes, é preciso disparatar. Mesmo.
Porque ninguém é de ferro.
E porque os nossos filhos têm que aprender que os adultos também têm limites.
E que os pais {exactamente porque são pais}, não têm que ficar à mercê dos seus caprichos, nem das suas exigências.
Têm que ser pais.
E acima de tudo, têm que continuar a ser homens e mulheres com vida própria.
Quero que os meus 3 filhos aprendam isto para a vida.
Pelos filhos que são hoje e pelos pais que serão amanhã.
MM
4 comentários:
hoje tb tive de meter a minha piquena na linha. sao crianças eu sei, mas educaçao é boa e eu gosto.
um dia agradecem, qd chegarem a pais.
bjinho e animo com os teus 3 pestinhas ;)
Como te entendo. E acho que nem sempre entendem ou tantas vezes acredito que a minha mensagem não passa e fico tão frustrada.
Os seus filhos agora ainda não sabem, mas mais tarde vão agradecer-lhe por isso. A educação dos filhos é mais ou menos como o trabalho de um agricultor: lançamos as sementes para mais tarde colhermos os frutos.
Um beijinho
Obrigada pelas palavras. Acho que andamos todas no bom caminho.
Um beijinho,
Enviar um comentário