Hoje armei-me em heroína, e fui à Conservatória do Registo Civil de Lisboa com os meus 3 filhos. Sozinha.
E embora tivesse marcado previamente a nossa ida, havia muita coisa que poderia ter corrido mal.
O tempo de espera antes do atendimento.
A fome e os xi-xis das crianças.
A antipatia dos funcionários.
O esquecimento de algum documento vital para sairmos todos com Cartões do Cidadão garantidos.
O trânsito de Lisboa numa 6ª feira à tarde.
Os parquímetros e os senhores da EMEL.
A chuva torrencial que caía na R. Fontes Pereira de Melo, assim que estacionámos o carro.
E a lista podia continuar indefinidamente.
Mas a única coisa que coincidiu com a realidade desta aventura, foi a chuva que caía a potes em Lisboa, às 5 da tarde.
De resto, fui surpreendida {confesso} pela pontualidade, simpatia e profissionalismo das duas senhoras que nos atenderam.
Que para além de tudo o resto, foram de uma amabilidade e solidariedade inexcedíveis, quando me viram chegar encharcada, com 3 crianças, 4 casacos e uma mala XL a tiracolo. E com cara de quem precisava de colo {eu própria, quero dizer}.
E que me garantiram que não sairia dali sem 4 Cartões do Cidadão tratados e arrumados.
Estive quase para lhes dar 2 beijos, tal foi o peso que me tiraram de cima.
Porque precisava mesmo de resolver a questão.
E porque sabe sempre bem sermos bem tratados.
Afinal, um direito que nos assiste a todos, mas que vai sendo uma raridade nos dias que correm.
Às senhoras da Conservatória do Registo Civil de Lisboa que me atenderam hoje, aqui vai o meu obrigada.
Pelo profissionalismo e pela humanidade.
E por me lembrarem que quando fazemos bem feito, fazemos sempre a diferença.
MM
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