quarta-feira, 27 de julho de 2011

Irmãos e Irmãs

Sou filha única. Talvez por isso, sempre queira ter tido uma família numerosa.
Hoje, já mãe de 3 filhos, continuam a fascinar-me as famílias grandes dos outros: adoro ver mães com muitos filhos pendurados nas saias, gosto de observar a dinâmica de uma família grande e barulhenta, e sou vicidada em tudo o que são séries da Fox Life sobre o tema - "Irmãos e Irmãs, "Parenthood", "Uma Família muito Moderna" e, mais recentemente, a nova série "No Limite", sobre uma família completamente disfuncional.
O que é certo, é que não conheço o verdadeiro conceito de "amor fraterno", e esse desconhecimento desconcerta-me quando observo a relação dos meus filhos, uns com os outros. Ora se amam, ora se odeiam. Ora se protegem, ora se delatam. Ora não se suportam,ora não suportam estar uns sem os outros... Fascina-me aquele sentimento intrínseco de protecção, quando algum dos irmãos está verdadeiramente em apuros, tanto quanto a perversidade (imagino que saudável), em pregar uma "partida fraterna" qualquer, ou causar uma pontinha de ciúmes, sempre que há oportunidade.

Pois os meus 2 rapazes degladiam-se muitas vezes. Por atenção, por protagonismo nas conversas e nas brincadeiras, por pura competição entre dois rapazolas de 9 e 7 anos que  não podiam ser mais diferentes entre si. Mas surpreendem-me, às vezes. E enternecem-me...muito. Ontem, como de costume, fui dar-lhes o último beijinho antes de me deitar. Estavam a dormir juntos, no beliche de cima. Hoje repetiram a proeza e estão num sono doce e quentinho, encaixados um no outro.
Não sei bem que amor é este, mas também já não importa classificar. É único, é incontornável e é lindo de ver. Mesmo que apenas por algumas horas...

MM