segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Medo: um inimigo ou um aliado?



Costumo dizer que sou a campeã dos medos.
Quando era miúda, tinha medo do escuro, medo que a minha mãe morresse, medo que não gostassem de mim, medo que não fosse suficientemente inteligente, medo que me gozassem na escola, medo que me fizessem chorar.
Fui crescendo e grande parte destes medos mantiveram-se, ainda que alguns deles tenham ganho nomes mais pomposos:
Medo de não ser aceite;
Medo de não corresponder às expectativas dos outros;
Medo do sentimento de "fracasso";
Medo de não agradar/de não ser amada;
Medo de ser julgada;
Medo de revelar vulnerabilidades.

A lista continuaria infindável...
A Vida, que no meio disto é sábia, foi-me mostrando que alguns destes medos eram infundados e fez-me essa revelação da única maneira que pôde: pondo-me à prova! Agora percebo que muitas das experiências pelas quais tenho passado, serviram para me mostrar por a+b, que sou capaz de vencer o medo e de sobreviver (quase) incólume. E também me tem mostrado que os medos, esses bicho-papão, servem um propósito: o de nos pôr alerta; o de nos preparar para todas as eventualidades; o de nos proteger.
O truque não está em eliminar o medo das nossas vidas. Ao contrário, a estratégia é dar-lhe atenção q.b. e, de mão dada com ele, atravessar os obstáculos que nos pareciam intransponíveis e que, tantas vezes, só moravam na nossa cabeça.

Inscrições: jaquelinamado@gmail.com


Sem comentários: