segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Quando os nossos filhos adoecem


Na semana passada o Vicente esteve doente, e esta tarde voltaram a ligar da creche, porque estava com febre e vómitos. A minha primeira reacção em "piloto automático", foi ligar à minha mãe e pedir-lhe para o ir buscar, porque foi esse o meu padrão dos últimos meses. O meu trabalho não podia esperar, não porque alguém mo impusesse, mas porque eu me impunha a mim própria.
Depois de já ter ligado à minha mãe, parei por uns segundos e perguntei-me por que raio não ia para casa ter com o meu bebé. Por que raio não assumia eu a responsabilidade de estar presente e a benção de ser o seu colo. E fui, sem culpa.
Dizer-vos que não julgo as mães que não vão. As que não vão porque não podem, as que não vão porque têm outros afazeres, as que não vão porque têm quem possa ir por elas. Todas as razões são válidas e todos os caminhos são legítimos, desde que vividos com verdade. Acontece que, às vezes, a nossa verdade muda e aí, tenhamos a coragem de mudar a rota e acertar o passo.

4 comentários:

A TItica disse...

Também só me sinto bem com ele doente no meu colo 😳

nat. disse...

Às vezes há pressões externas, que não se vêm, mas vão-se sentindo ao longo do tempo, que faz com que nos desviemos do caminho que traçamos para nós...
Faz com que deleguemos certas tarefas de "coração nas mãos"...
Depois, às vezes há o "basta", e vamos fazer o que achamos que é certo, para nós e para os nossos... (dentro da nossa realidade)...

Beijinhos!

Anónimo disse...

Tão verdade!
Mas eu sou uma mãe que com raras excepções delega isso noutros.. que os adoram como eu e o mimam. Mas de vez em quando pergunto-me porquê e para quê?

Devia escrever sobre o que a fez mudar de percepção e como isso foi aceite à sua volta.

Isabel disse...

Felizmente,posso dizer que mais de 90% das vezes pude ir eu ou o meu marido buscar e ficar com os nossos filhos quando estavam doentes.