quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O "copo meio cheio"

[Nova Zelândia 2018]

O Duarte vive desde há um mês com o pai, a (mãe)drasta e o filho dela. O Duarte vive com família, uma família que em vez de se ter dividido na vida dele, expandiu-se. 
Porque é que numa separação ou num divórcio, escolhemos fazer contas de dividir em vez de multiplicar? Porque é que achamos que os filhos de pais separados vão perder família, e não ganhar uma ainda maior?
Escolho ver o "copo meio cheio". E vocês?

5 comentários:

Gisela FFale disse...

Estou com a Marta! Acho que no início pode "custar" um bocadinho, mas depois é tão bom percebermos que tem mais amor...mais quando são filhos únicos!

Anónimo disse...

Cada caso e um caso. Infelizmente nem tudo sao rosas. Nem todas as partes sao compreensivas ou tem vontade de fazer funcionar.

Anónimo disse...

Marta,
Ainda bem que a sua família e a dos seus filhos cresceu.
Após o divórcio há muitas famílias que sofrem muito, ponto. Não implica que o sofrimento seja por que querem...ou porque querem que o outro não seja feliz.
Em casos de voltar a constituir família outra vez, nem sempre dá tudo certo com os filhos do/a outro/a. Nem sempre porque os adultos não o queiram. Pela minha experiência até querem que dê certo: ter uma nova família com os padrões atuais: os meus, os teus, os nossos...bonito!! Até parece um conto de fadas dos tempos atuais...
Há muitos fatores que contribuem para que essa "nova" família não surja nesses moldes tão idílicos como a Marta, aparentemente, apresenta a sua. Os filhos, quando passaram a adolescência muitas vezes não aceitam o outro, não querem novos almoços de família, borrifam-se para o outro...magoam com a sua indiferença.
Esta é a minha experiência e a de muitas mulheres que tentaram outra família e não conseguiram (ainda) constitui-la. Não porque não tiveram o coração grande e aberto a novos amores, mas porque encontraram paredes tão grossas que não conseguiram passar para o outro lado.
Lua Azul

Dolce Far Niente disse...

Cara Lua Azul, sei exactamente do que fala e conheço bem essa realidade. Bem sei que nem tudo são rosas e que nem sempre é fácil reconstituir uma família, nem tão pouco passar pelo processo sempre doloroso para todos, de uma separação e de um divórcio. A minha família não tem nada de idílica, nem de perfeita. Também ela passou por altos e baixos e por muitos momentos muito duros. Ainda passa, nada é fácil. Mas acredito que temos todos um papel e que ainda que seja difícil, não é impossível ir zelando pela paz. Se há sempre paz? Não. Se não existem conflitos? Existem. Mas escolho o lado solar e reter das experiências as coisas boas.

Um beijinho,
Marta

Anónimo disse...

Marta, obrigada pela sua resposta inspiradora. Bom saber que alguém me compreende...embora reconheço que eu estou a ver tudo "pelo copo meio vazio".
Beijinho
Lua Azul