segunda-feira, 15 de maio de 2017

#euqueroarrumar


Desde miúda que sou desarrumada. Quando me lembro das discussões com a minha mãe na adolescência temida, nunca foram por cigarros escondidos, noites tardias, companhias duvidosas, nem namorados fora da lei. Resumiram-se todas à roupa amontoada na cadeira, à cama que me "esquecia" sistematicamente de fazer, às tarefas domésticas que me entediavam sem nenhuma excepção e à minha crónica falta de jeito para todos os lavores.
Tornei-me mãe sem nunca ter cosido um botão, nem uma bainha, e nunca tive grandes tarefas domésticas à minha responsabilidade até essa altura, porque era filha única, aluna exemplar, adolescente-que-não-dava-trabalho e mais um monte de desculpas esfarrapadas que dava a mim própria para não fazer o que tinha de ser feito.
Passaram-se mais de vinte anos e não me transformei repentinamente numa fada do lar. Cumpro as tarefas com esforço e sem dedicação, porque detesto-as a todas. Mas se tempos houve em que tinha margem para ter ajuda diária, não tenho mais, situação que me obrigou a arregaçar as mangas, a deixar-me de "frescuras" e a tomar as rédeas da minha própria vida que, sem nenhuma ironia, nem jogo de palavras começa, literalmente, em casa.
Hoje, mãe de quatro, continuo a detestar todas as tarefas domésticas, mas cumpri-las, ainda que sem nenhuma devoção, é ensinar aos meus filhos a fazer diferente. É mostrar-lhes que uma casa arrumada ajuda a arrumar a cabeça, que a organização do espaço nos organiza interiormente e que uma família é uma equipa: todos ajudam para um fim comum.
Para quem não é naturalmente arrumado, como eu não sou, é mais desafiante educar para a arrumação. Facilmente resvalo para "o deixa andar" e tenho uma "cegueira crónica" para as coisas fora do lugar. E como um alcoólico em recuperação, policio-me constantemente, praticando a "observação activa" todos os dias: com uma atenção extrema e forçada, localizo roupa fora do lugar, brinquedos espalhados na sala e todas as formas de desarrumação, ensinando aos meus filhos o que fazer e que limites evitar, e lembrando-me a mim própria o que fazer e que limites evitar constantemente.

Para facilitar e melhorar a vida em casa, a IKEA acaba de lançar o movimento #euqueroarrumar, assinalando o dia 20 de Maio como o Dia da Arrumação. Se queres saber tudo sobre este movimento e descobrir todas as dicas dos quatro embaixadores desta iniciativa, visita o site euqueroarrumar.ikea.pt e lê os testemunhos da Decoradora de Interiores IKEA, Marta Cunha, do Psicólogo Eduardo Sá, da Mónica Pereira, do Atelier "Cooking Memories" e da Mariana Seara Cardoso, do blogue Aos Pares.
Para acompanhares o lançamento deste movimento, no dia 20 de Maio, as lojas IKEA recebem workshops para Membros IKEA Family, com a participação de convidados especiais que darão algumas dicas de arrumação e até 24 de Maio, todos os clientes IKEA podem usufruir de 25% desconto em vale IKEA em todas as cómodas MALM, e descontos em oito essenciais de arrumação.

Vamos educar para a arrumação?

2 comentários:

Anónimo disse...

Olá Marta, sigo o blog desde o verão e adoro! Tudo! O conteúdo com que me identifico e a forma como escreve! Nunca comento nada em blogs e muito pouco em redes sociais... mas hoje tenho de comentar! Encontrei escrito quase poeticamente, aquilo que de forma pouco carinhosa comigo mesma apelidava de preguiça, afinal não é assim tão mau, descrito da forma que o faz :-)

Dolce Far Niente disse...

OLá! :)
É sempre bom percebermos que não estamos sozinhas ;)

Beijinhos