terça-feira, 11 de junho de 2013

Dores de crescimento {das mães}

A meio da manhã ligaram-me da escolinha da minha filha a dizerem-me que estava com febre. Fui buscá-la e regressei a casa, onde estamos a ver um filme da Barbie pela segunda vez consecutiva {e pela terceira vez ao todo, contando com a vez da tarde de ontem}.

É tudo simples com a minha filha. As conversas, as gargalhadas, os interesses. É tudo simples.
Não é verdade que gostamos mais de uns filhos do que de outros, mas por mais que doa, é verdade que há filhos com quem tudo é mais natural, com quem tudo é mais fácil do que com outros.
Esta é a realidade com a qual tenho de aprender a lidar. E há dias em que isso dói, sim. Há dias em que me angustia a dificuldade que tenho em entender melhor o filho que é mais diferente de mim. E que me põe à prova em cada momento.
Mas acredito que ambos só temos a ganhar com este desafio comum.
E também acredito que o Amor ultrapassa todas as barreiras.

É verdade que há filhos com quem tudo é mais difícil, com quem tudo é mais desafiante.
Mas o que é que isso muda? Nada, a não ser nós próprias e as nossas zonas de conforto. Muralhas altas que tantas vezes nos afastam do mundo real.
São estes filhos especiais que nos obrigam a questionar posicionamentos e pontos de vista, e a reinventarmo-nos em doses moderadas, mas terapêuticas. Assim lhes percebamos o sentido.
Crescer dói. Para os filhos e para os pais. Doem os músculos das pernas e dos braços e também pode doer a alma e o coração. Mas a recompensa da dor é crescer. E há dores que têm de ser sentidas cá no fundo para terem valido a pena.
Assim seja.

MM

1 comentário:

Menina Azul disse...

Não imagina com o me identifico com o que escreveu...
Eu ando às voltas com as mesmas dores de alma... a um ponto que ninguém parece entender...

Ler o que escreveu deu algum alento. Obrigada! Fez-me ver que não sou um monstro por sentir o que sinto