quinta-feira, 9 de maio de 2013

Tratamento de choque

Há montes de estratégias para educar de forma pedagógica os nossos filhos. Montes. E eu juro que vou aplicando muitas delas no dia-a-dia, intercaladas com muita asneira, que não sou a mãe do Ruca.
Hoje, por exemplo,a criançada estava numa excitação palerma à hora de dormir. Eram gritinhos e correrias e macacadas e muito barulho.
Não me apeteceu gritar {como tantas vezes faço},e também não me apeteceu ser altamente pedagógica. Apeteceu-me fugir. Literalmente fugir, e deixá-los a todos entregues aos seus malabarismos para adiarem a hora da cama. Apeteceu-me alienar-me do tempo e do espaço e deixá-los gozar a tontice, até que se cansassem. E fui para a varanda.
Passados nem cinco minutos, estranharam a minha ausência {ou o meu silêncio perante o caos, acho que foi mais isso!}, e começaram à minha procura. Primeiro a mais nova, e depois os dois mais velhos. E durante uns breves minutos {que a eles lhes devem ter parecido uma eternidade}, chamaram por mim, primeiro calmamente e depois, desalmadamente.
E quando apareci à porta da varanda {como se nada fosse}, estavam calmos  e meigos como uns cordeirinhos. E ainda ouvi do mais velho "Oh mãe, prefiro mil vezes que grites connosco do que desapareças!".
E é isto, minhas amigas. Por vezes, há que investir em métodos menos ortodoxos.
Tenho para mim que há muita doutrina que começou assim...

MM

2 comentários:

Maria disse...

Já o fiz nos dias em que me encontrava mais cansada e sem forças para repôr a paz... e o resultado foi o mesmo! :)

Dolce Far Niente disse...

Ontem tb estava assim, Maria. Correu bem!

Beijinhos