Esta história de não ter crianças em casa, dá em não ter horários para nada.
Acorda-se ao meio dia, almoça-se às 4 da tarde, janta-se às 10 da noite e ceia-se às 2 da manhã.
Na verdade, perde-se a noção do tempo, porque tê-lo todo só para mim, implica fazer o que me apetece, o que muita vezes redunda em não fazer, literalmente, nada.
No meio deste "dolce far niente", decido começar a caminhar. Saio de casa a pé, desco até Algés e rumo a Belém. Saio enérgica e regresso feita em papas, mas com a sensação de dever cumprido.
Recém chegada e ainda no pico da adrenalina, consigo fazer uns alongamentos na parede da cozinha, como duas ameixas frescas e bebo 3 copos de água. Sinto-me uma atleta de alta competição, saída da Maratona de Nova Iorque...sinto-me como nova.
Só que passadas 2 horas, estou dorida e amassada. Deixo-me de fruta fresca e como um chocolate...
Se era escusado? Era.
Mas não faz mal ir fazendo por tentativas. Andamos, caímos e levantamo-nos. Comemos chocolates, cometemos pequenos pecados e conseguimos verdadeiras proezas. É a natureza humana no seu melhor...
MM
