domingo, 18 de março de 2018

Neste Dia do Pai...


...dizer-te que és oficialmente pai há quase dois anos, mas és (pai)drasto há muitos mais, o que, na prática, faz de ti catedrático nisto da parentalidade.
Ainda assim, nunca é demais lembrar-te que ser pai e (pai)drasto, às vezes, é lixado e que faz parte: não deixa dormir, traz preocupações para a vida inteira, leva aos limites da paciência e da tolerância, e põe-te à prova mais um bocadinho todos os dias. Deixa-me dizer-te, no alto da maternidade vezes quatro, que é mesmo assim. Há dias maravilhosos e há dias de merda, em que maldizemos todas as decisões que tomámos e a vida lixada que temos, simplesmente porque a exaustão toma conta de nós, ainda que por nano segundos.
Tenho passado estes últimos anos a dizer e a escrever que ser (pai)drasto é uma responsabilidade que acolheste com amor e com relativa facilidade, e é verdade. Mas há desafios acrescidos, não vale a pena mentir: estabelecer limites, entender até onde vai o papel do educador e do amigo, ter medo de ouvir "tu não és meu pai"; tudo são desafios que (cá está), com Amor se resolvem. E tu resolves.
De modo que hoje é o teu dia por muitas razões. O teu dia por direito biológico e adquirido. O teu dia por todos os mimos que dás, por todas as lancheiras que preparas, por todos os conselhos que ofereces, por todas as noites mal dormidas, por todas as dúvidas, por todas as lágrimas de alegria e de medo, por tudo.
Dizer-te que gostamos de ti. Muito. E que cada um de nós, à sua maneira, é louco por ti.