quarta-feira, 2 de agosto de 2017

A conquista destas férias...


...telemóveis trocados por livros.

Alguém me pergunta como consegui esta proeza:
1. Casa sem Wi-Fi;
2. Muitos livros disponíveis na mala;
3. O exemplo dos adultos (andamos a tentar olhar para o telemóvel o mínimo possível e recuperámos hábitos de leitura);
4. Evitar fundamentalismos (se os putos até andam todos a ler, é deixá-los jogar nalguns tempos do dia);
5. Esquecer a tentação de frases como "não te disse que ler era giro?", "vês como afinal até gostas de ler..." e outras pérolas irritantes do género;
6. Não desesperar se os miúdos não quiserem ler; um dia chegam lá, assim mantenhamos os livros à distância de uma mão e a nossa paixão pela leitura.

[boas férias!]

1 comentário:

Inês disse...

O meu pai deixava livros espalhados pela casa. Não fazia nenhuma pressão para eu os ler. Ou para ler, no geral. Quando eu agarrava num livro, passava por mim por mim e dizia: "Ah, esse é giro!" Ou quando peguei na "Mensagem" de Fernando Pessoa e ele me apontou o seu poema favorito, só assim de passagem, a apontar quase sem tocar no livro. Hoje, é também um dos meus favoritos. Hoje conheço bem e vibro com Fernando Pessoa. No funeral do meu Pai, li Fernando Pessoa. Nestes dias, quando quero estar perto do meu Pai, leio Fernando Pessoa.