Para quem já fez 21km, voltar a correr cinco parece fácil. Mas não é.
Se antes da meia-maratona a minha única preocupação era a distância, agora também começa a ser a velocidade, porque se continuar ao ritmo avassalador a que tenho andado, parece que correrei 42km em seis horas, coisa que dará, no mínimo, para morrer pouco depois. Ou aos poucos, numa espécie de tortura chinesa.
O meu plano de treino manda-me correr 5km e eu cumpro. Mas estico a corda, e aproveito como "lebre" o meu ultra-marido, que depois de uma ultra-maratona arranja ultra paciência para aturar a minha passada ultra-mega-veloz. E tento correr mais rápido. E sofro. Sofro muito.
Sinto-me cansada e quase com a sensação de que estou a andar para trás. Chegar ao quinto quilómetro esta semana, tem sido quase tão difícil como o vigésimo primeiro da meia maratona, e tenho nano-segundos de grande desânimo.
Mas logo depois, acordo para a vida e constato que em Fevereiro corria 5km em nove minutos, e que agora corro a sete e pouco. Uma porcaria, mas corresponde à minha evolução. Aquela de que tenho que me orgulhar, para não me perder no meio desta empreitada louca.
Domingo volto à carga. Até lá, como, durmo e namoro.
Parece-me um bom plano.
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