Ter um filho de 12 anos é começar a ter o coração fora do peito de verdade. O sentido figurado da expressão já se perdeu.
As preocupações ganham novas proporções e começa a ser nesta altura {e não noutra, não nos iludamos}, que percebemos a amplitude do impacto do que andámos a pregar estes anos todos.
Se pudesse escolher o que fez eco a sério no Duarte, escolheria a força para dizer "não" a tudo o que é mesmo "não" {chovam raios e coriscos}, e a humildade para dizer "sim" a tudo o que lhe traga felicidade genuína. A tudo o que contribua para o alinhar consigo próprio.
Duas palavrinhas apenas, mas tão difíceis de gerir dos 12 anos em diante. E às vezes, uma vida inteira.
É nesta fase que questiono, mais ainda, a mãe que tenho sido. E que me pergunto, vezes sem conta, se mesmo perdida umas quantas vezes, consegui dar-lhe um colo seguro e um berço embalado.
E depois, penso que todos nos vamos perdendo algures no meio do caminho. E que é também nesse desnorte que se acertam passos, e que se redefine o que realmente importa.
Tenho os passos acertados. Já não me falta tudo, afinal.
2 comentários:
Gostei do " consegui dar-lhe um colo seguro e um berço embalado."
Li e pensei que deve ser isso mesmo que a maternidade significa... ;)
Aí minha querida como eu te compreendo! O meu João, quase a fazer 11 anos, está nessa fase....
Obrigada por partilhares estas (in)seguranças!
Enviar um comentário