domingo, 9 de novembro de 2014

Seis meses



Há meio ano ganhávamos coragem e tornávamos oficial o que era uma coisa só nossa.
Voltávamos a dar uma oportunidade à vida, e a acreditar que não há nada que limite as vezes que podemos tentar ser felizes. Nem a idade, nem o passado, nem o preconceito dos que já azedaram com a sua própria existência.

Há meio ano atirávamos o medo de falhar para trás, e lançávamo-nos num doce precipício com a única rede possível: os amigos chegados e a família. Aqueles que, como nós, permanecem na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Em todos os dias da nossa vida.

És meu marido há seis meses, mas és o meu homem há uma eternidade.
O que importa, afinal.