quinta-feira, 29 de maio de 2014

Eu vou!


Não sou festivaleira. Nunca fui. Nem nos tempos mais loucos da adolescência, nem agora, fase da vida em que vou cometendo mais loucuras do que nos anos de ouro da parvoíce.
No que aos concertos diz respeito, sempre fui a que preferia estar de perna traçada no sofá, no quente da minha sala, a assistir de camarote. 
Não gosto da confusão, dos encontrões, das pisadelas. Não gosto de ver os artistas quase por um binóculo, e sempre achei que para pagar para assistir ao concerto no local, mas pelos écrans gigantes, mais valia optar pelo sossego da minha casa, sem desembolsar dinheiro nenhum.
Sim, eu sei, sou uma careta do pior, mas para meu alívio, não é característica que tenha vindo com a idade. Sempre fui assim, desde que me lembro de mim. Gosto do "dolce far niente" em bom, que é como quem diz, confortável no meu canto.
Desta vez, contudo, cedi à pressão do marido e de alguns casais amigos, e aqui vou eu para o meio do maralhal. E já que lá estou, vou divertir-me à grande, que há concertos que não se repetem. Acho que este é um deles.

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