sábado, 17 de maio de 2014

Caçada pelo bicho

Não corro há umas quantas semanas. Primeiro foi a dor lancinante no joelho no dia em que fiz 12 km, depois o livro, e depois o casamento.
Desculpas à parte, a verdade é que o joelho não me tem dado tréguas. Comecei a fisioterapia há cerca de duas semanas, e descobri que para além de um running knee, tenho uma perna mais curta que a outra {só coisas boas}. Os tratamentos, que agora interrompi com a lua-de-mel, têm sido mais dolorosos que parir três filhos, e não estou autorizada a correr sem umas palmilhas personalizadas {que já cá cantam}, e sem uns ténis adequados ao meu tipo de passada, a minha próxima prioridade consumista quando voltar a Lisboa.
A verdade é que se até agora tenho passado bem sem correr {a loucura das minhas últimas semanas tem dado para o gasto}, passear por Amesterdão trouxe-me as saudades de o fazer. Sinto falta das noites de sono regalado depois do treino, e da sensação de "poder" que a corrida me dá. Preciso ouvir a cadência da minha própria respiração, como se ao fazê-lo  os meus pensamentos se organizassem com a coerência que às vezes me falta.
Preciso correr quase como de respirar. 
Marido, conseguiste: o maldito bicho caçou-me.


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