domingo, 19 de janeiro de 2014

O mundo a meus pés [mais ou menos, vá]

Hoje acordei moída. As pernas doridas do esforço de ontem, a planta dos pés a tinir. Todo o meu corpo a suplicar por descanso.
Decidi deixar-me ficar na cama e abandonar-me à ronha merecida. Afinal, os miúdos não estavam e o tempo era meu.

Custa-me imenso correr. O corpo e a mente imploram sempre que pare, e a cada quilómetro percorrido acho que vou desistir no seguinte.
Mas agora é tarde demais, que já lhe ganhei o gosto. Esta constante luta com os meus próprios limites. O corpo moído na noite e no dia seguintes {um moído bom}. O frio a cortar-me os lábios. Eu e os meus pensamentos. Eu e os meus pensamentos, numa obsessão que me vai curando por dentro. Eu a achar que se conseguir correr mais um bocadinho {só mais um bocadinho que seja}, agarro o mundo inteiro.
E não há nada que pague esta sensação de poder sobre mim própria.
O único que importa, afinal.






Sem comentários: