Gosto muito de comer. Gosto das cores vibrantes, das diferentes texturas, gosto do frio na barriga antes de um jantar prometedor e do ambiente descontraído que se cria à volta de uma boa refeição.
Tenho o prazer da mesa há muitos anos, apesar de ter sido uma criança com pouco apetite {que o diga a minha mãe, que sofreu com a minha aversão por quase tudo durante muito tempo}.
Hoje em dia há pouca coisa de que não gosto: pezinhos de coentrada, moelas, caracóis e miudezas estão na minha lista negra. De resto, sou fácil de agradar.
Mas a verdade é que para poder manter prazeres deste calibre, não posso levar-me por eles todos os dias, nem dar-me ao luxo de não me mexer. Tenho quase 40 anos, três filhos no currículo e não caminho para nova. E apesar de ainda gostar do que vejo ao espelho, custa-me assistir à gradual flacidez de partes do meu corpo que antes estavam mais hirtas que um bacalhau seco.
É por isso que amanhã começo uma nova aventura.
Darei notícias.
