sábado, 12 de janeiro de 2013

Dos dias doces de Inverno

Quando fui mãe pela primeira vez, tinha pânico que o meu filho se constipasse.
Vestia-lhe quase todas as camisolas disponíveis no armário, e praticamente não saía de casa no Inverno. Dentro de portas era o meu porto seguro em dias frios ou chuvosos, e não sabia o que era desfrutar dos parques, dos jardins, das esplanadas e da praia, em dias com menos de 20 graus.
Hoje, com mais dois filhos no currículo materno, olho para trás e acho um desperdício os passeios que não dei e os espaços exteriores de que não usufrui nos primeiros anos do Duarte. Por ele e por mim.
E talvez por isso, obrigo-me a sair de casa em dias aparentemente menos convidativos, quase como se quisesse compensá-lo do que não lhe permiti fazer - correr à chuva, saltar poças de água, sujar a roupa e as mãos, transpirar em dias frios, gretar os lábios com o vento, sentir a areia debaixo dos pés no Inverno.
Acho que também é por isto que cada um dos nossos filhos é sempre tão diferente. Somos os mesmos educadores, mas educamos sempre de forma diferente, em função do que somos e do que sabemos, naquele momento particular do nosso caminho de mães e de pais.
Esta tarde foi um desses dias, em que ora chovia ora fazia sol, e em que fomos para o parque, no matter what.
E foi remédio santo para a neura que se andava, insidiosamente, a instalar.
Aqui ficam alguns dos momentos que vamos querer repetir...






















{Este post é um "momento Limetree"}

MM

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