sexta-feira, 16 de março de 2012

Finais de dia perfeitos

Há finais de dia perfeitos.
Estes em que cada um, cá por casa, faz o que lhe apetece.
Sem pressas, nem gritos, nem pressões, nem horários.
Já bastam as manhãs e os fins de tarde da semana inteira, em que eu, qual general de saias, passo a vida a dar ordens e a estabelecer normas e limites.
Porque é hora de acordar, porque é hora de ir para a escola e para o trabalho, porque é hora de vir da escola e do trabalho, porque é hora de tomar banho e de lanchar, porque é hora dos TPC e do estudo, porque é hora do jantar e porque é hora de dormir.
Na verdade, durante toda a semana, é sempre hora de alguma coisa, e a ditadura do tempo e das obrigações contantes, deita abaixo. Cansa mais que uma maratona.
Ao contrário, à 6ª feira ao entardecer {depois das escolas, do trabalho e das correrias do costume), passa a ser hora de fazer o que nos apetece. E muitas vezes (como calculam), de não fazer mesmo nada.
Há quem escreva {como eu}, há quem desenhe {como os meus dois filhos mais novos} há quem jogue PSP {como o meu filho mais velho} e há quem cozinhe {como o meu homem, claro está}.
Há, finalmente, espaço e tempo para todos respirarmos.
E para descomprimirmos da semana cansativa que temos sempre.
E se isto não é o céu, digam-me o que é, então.
Porque é na simplicidade das pequenas coisas que mora a paz de espírito.
A minha, pelo menos.


                                                                                                 


MM

1 comentário:

Juvenália Dorotea disse...

Afinal, sempre temos alguma coisa em comum...! E o importante é que é no essencial..., o resto é mesmo acessório!