Ontem chegou o mail que estava ansiosamente à espera. E que bem que soube...
É certo que não escrevo para receber elogios.
Escrevo porque me dá um gozo desgraçado. E porque acho que é a melhor forma de conseguir expressar o que anda cá por dentro.
Quando era miúda, escrevia histórias policiais (porque me apaixonei pela Agatha Christie desde cedo), e no meu Diário.
Com a entrada na adolescência, deixei-me de textos sobre a minha vida interior, porque o que acontecia cá fora era bem mais apetecível.
Havia um mundo inteiro por descobrir, pejado de amores platónicos e de outros nem por isso, festas da escola e de garagem, mudanças radicais na maneira de me ver a mim e aos outros.
Havia um mundo inteiro por descobrir, pejado de amores platónicos e de outros nem por isso, festas da escola e de garagem, mudanças radicais na maneira de me ver a mim e aos outros.
Entrava no "admirável mundo novo" da puberdade, e na arte de fazer amigos, entrar em grupos e absorver intensamente todas as experiências novas.
Não tinha mais tempo para ler, nem para escrever.
Vivia os romances. Não me apetecia lê-los, nem escrevê-los.
Agora, com 37 anos, apeteceu-me voltar a escrever. Num impulso.
Talvez porque a maturidade nos conduz à origem. Ao que faz sentido.
E apesar de não escrever para receber elogios, gosto de os ouvir. E especialmente de os ler.
E gosto de fazer parte dos "Cocós por aí".
Obrigada, S.
MM
PS: E não é que este é o meu 100º post?? Que pinta de coincidência!!! Vou festejar. Beijos.
