Como acontecia com a minha Avó Auzenda, fico com dores de cabeça com a ventania.
E como acontece com a minha mãe, choro desalmadamente com o vento nos olhos.
Para além destas maleitas herdadas (que se resolvem com café e rímel à prova de água), gosto de dias assim.
Em que parece que vamos levantar voo.
Em que não se vê viv´alma na rua.
Em que a força da Natureza nos põe no lugar. E nos mostra que, afinal, somos frágeis. E que o mundo que construímos (aquele que tantas vezes tratamos tão mal), é um castelo de cartas.
Daqueles que voam com uma rabanada de vento.
MM