quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Famílias e Animais de Estimação

Agora temos um peixe dourado lá em casa.
Já tivemos um gato e dois cães, mas nenhuma das experiências é para repetir nos tempos mais próximos. Bem sei que esta afirmação não é politicamente correcta, e que cai sempre bem a uma mãe dizer, que é importante para os seus rebentos a convivência diária com um animal de estimação. Mas se é para me limitar ao "politicamente correcto", não quero mais escrever por estas bandas. E como não tenho qualquer intenção de deixar de o fazer, que se lixe a correcção política.
A verdade, é que o peixe é o pet certo para a minha família. Limita-se a ser ele próprio, sem colidir com a nossa forma de estar em família. Nada, come, é silencioso e não precisa de ir à rua. Mas mais importante que tudo, é feliz nesta sua quietude, e nós somos felizes com a postura deste novo hóspede.
É certo que falta o contacto físico e a interacção. Confesso que, às vezes, temos saudades dos afagos e dos olhares cúmplices que um cão ou um gato nos dirigem. O peixe, mantém-se sempre impávido e sereno. Às vezes, quase seráfico.
Mas já aprendi, a duras penas, que temos que saber aceitar os nossos próprios limites, e que quando nos esquecemos deles, sofremos e fazemos sofrer.
Para cada família, um animal de estimação diferente. Ou nenhum. Porque não há fórmulas certas. Há famílias, e há animais inocentes que agradecem a sensatez.

MM