domingo, 18 de setembro de 2011

Dolce Far Niente Ameaçado

Fim-de-semana sem crianças, significa desenvolver a arte do dolce far niente. Ou não.
Ora, só no Sábado, cumpri as seguintes tarefas:
- Levei o carro à Inspecção (reprovado por ausência do limpa-pára-brisas traseiro, roubado à porta de casa);
- Fui ao chinês comprar modelitos para uma festa sevilhana, 40º aniversário de uma amiga;
- Fiz um bolo de iogurte e côco (iguaria nunca antes vista), que logo em seguida levei à banca da Escola dos meus filhos, nas Festas de Caxias;
- Fui a Campo de Ourique buscar o xaile sevilhano à casa da mãe de uma amiga (acessório imprescindível para a festa temática da noite);
- Enfiei-me numas meias de rede adelgaçantes, num processo que se pode igualar a 1 hora de ginásio;
- Calçei uns sapatos recém-comprados no dito chinês (12,50€), uma compra inteligente, daquelas que dão cabo dos pés ao fim de 5 minutos;
- Espetei 50 ganchos na cabeça para fazer um apanhado sevilhano, num processo de auto-escalpe;
- Cheguei à Festa Sevilhana com uma sensação de infecção urinária, simplesmente porque não tive tempo de ir à casa-de-banho durante todo o dia;
- Bebi 30 copos de água ao longo da noite, e fiz 50 vezes xi-xi para matar os bichos do meu interior (outro processo tortuoso, o de me despir, considerando a quantidade de acessórios que trazia em cima de mim);
- Dei cabo dos pés a dançar sevilhanas;
- Chorei a rir;
- Melhorei da infecção urinária no final da festa (acho que a bicheza escoou na urina, ou foi afogada pelos litros de água que bebi);
- Deitei-me às 2 da manhã.

Hoje não faço nada. Posso?...

MM