domingo, 7 de agosto de 2011

Afectos

Pai e Mãe há só um, já diz o ditado e bem. Mas que dizer das figuras do "bom padrasto e da "boa madrasta", que tanto contribuem para a educação e para os afectos de tantos de nós, e de alguns dos nossos filhos?
Não simpatizo particularmente com a designação, porque lembra os dramas das Brancas de Neve, Belas Adormecidas e Gatas Borralheiras da minha infância, que tantos dissabores tiveram com os segundos casamentos dos seus progenitores. Mas é o que há.
Na vida real, graças a Deus, o mundo está cheio de bons exemplos, e isso leva-me a crer que vale a pena investir em segundas oportunidades na vida.
Como em tudo, há os que enfernizam a vida dos enteados, os que espicaçam, os que se intrometem demasiado, os que fazem ciúmes, os que competem pela atenção do(a) companheiro (a), com os filhos deste.
Mas também há os que sabem o seu lugar e vivem-no intensamente, sem medo, nem preconceitos. São os que brincam e dão abraços, os que afagam os cobertores à noite, os que partilham as alegrias e as tristezas dos filhos do coração, e que também sentem saudades quando estão longe.
Por esses, tenho o maior respeito.
E porque também eu tenho padrasto e madrasta e acho que não me tenho saído mal, quero homenagear os bons padrastos e madrastas deste mundo. E já agora, os bons Pais também, aqueles que não duvidam do seu lugar nos afectos dos filhos, nem por um segundo, e que não arranjam desculpas para escapar. Homenageio os que ficam, sem medo, e de pedra e cal. Porque já diz o ditado, Pai e Mãe há só um.

MM