sábado, 16 de julho de 2011

Kármico, talvez...

A minha filha Vitória tem 4 anos e come pouco. Quem me ouça julga que sou daquelas mães stressadas e ansiosas, que por tudo e por nada fazem "um cavalo de batalha", mas juro que não é o caso. Ser mãe pela 3ª vez trouxe-me mais dores de cabeça (é certo), mas também mais calma e sensatez e, fundamentalmente, maior capacidade de gerir ansiedades de 1ª viagem, nomeadamente:
- Se não comem mais hoje, comem mais amanhã;
- Se não tomam banho todos os dias, tomam dia sim/dia não;
- Se estão com febre, dou Benurom e aguardo desenvolvimentos, sem achar que é dramático;
- Etc.
A verdade é que a minha filha come, de facto, pouco e é daquelas crianças que consegue fazer birras intermináveis só para engolir duas colheres de qualquer coisa!
Hoje ao jantar foi uma dessas noites difíceis. Daquelas que metem gritos e choro e palmadas no rabo...daquelas em que perdemos as estribeiras e ficamos a achar que somos as piores mães do mundo.
Cresci a ouvir a minha mãe dizer que eu era péssima para comer, e que a levava ao limite das suas forças e ao limite da preocupação. Nunca percebi este conceito até agora, e admito que passar pela experiência depois de lhe ouvir tantas queixas a meu respeito, tem o seu quê de kármico...
Sabem o que me anima? O meu apetite voraz da idade adulta.
Cresce filha, cresce.

MM