sábado, 5 de março de 2016

É pr´a´ menina e pr´o´ menino! [eh pá, já não posso dizer isto!]




Tenho três filhos, dois meninos e uma menina. 
Para {ainda} não falar das questões de género, dizer-vos que são miúdos com idades e interesses completamente diferentes {pasme-se, até entre os dois rapazes!}, e que há já algum tempo que começa a ser difícil arranjar programas em família que agradem a todos. Uns gostam mais de cinema e outros de teatro. Uns gostam mais de passear no parque e outros de jogar à bola. Uns gostam de ficar em casa e outros de ir dar uma volta, e assim sucessivamente, como tem de ser. Tem que ver com a idade e com a personalidade de cada um, sim. E também tem que ver com interesses que se vão construindo por condicionantes culturais ou por uma predisposição biológica, não quero saber. Desconheço a quota parte de responsabilidade de cada um destes factores nos gostos dos três, mas importa dizer-vos que embora a minha filha goste de bonecas e de cor-de-rosa, também adora legos e de subir às árvores. E se os meus filhos rapazes gostam de lutar e de jogar à bola, também já brincaram muitas vezes com bonecas e já chegaram a comprá-las para si.
O que acho saudável é darmos-lhes a oportunidade de gostarem e de escolherem com o que querem brincar e o que querem fazer, sem condicionantes relacionadas com o género. Já acho, no entanto, descabido e forçado, acabar com tudo o que distingue os meninos das meninas, como se fosse um crime de lesa-pátria, numa tentativa, na minha opinião, tão discriminatória como os fundamentalistas desta matéria apregoam relativamente ao contrário.
Lamento informar os puristas da igualdade de género, que não obriguei a minha filha a escolher a ida ao teatro a convite da Nickelodeon, nem forcei os rapazes a ver o filme Deadpool. Eles escolheram, meus senhores, que é o que deve ser feito. Tudo o resto, na minha modesta opinião, é forçar a nota, numa espécie de "moda da igualdade" que pode vir a transformar-se, se não tivermos todos uma boa dose de sensatez, num atentado aos direitos.

[sobre este assunto, aqui fica o texto do João Miguel Tavares, que inspirou este e que talvez explique melhor o que acho sobre isto tudo]

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