sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O dever da felicidade



O sorriso da foto conta a história de uma mulher que tem exactamente tudo o que quer.
É difícil assumir isto, porque das duas uma: ou parece pouco ambicioso, ou auspicioso demais. Dizem-me, muitas vezes, que é melhor não apregoar a felicidade, porque há quem se incomode com isso, mas insisto em não ceder a más vibrações. Prefiro mostrar-me no ponto em que estou, porque também gosto de ler e de ouvir falar sobre quem está feliz. Inspira-me a fazer mais pela vida, que não se julgue que basta esperar. E nem se tenha a veleidade de pensar que a felicidade não passa por caminhos negros muitas vezes.
Este canto é, normalmente, um espaço feliz, mas que também já teve espaço para tristezas profundas. Tão profundas que não falei muito delas, porque há feridas que lambo sozinha e há dores tão fundas, que paralisam.
Hoje, contudo, estou exactamente onde queria estar, e digo-o sem qualquer pudor a bem das pessoas optimistas desta vida. Porque se o queixume é um direito, a alegria deveria ser um dever.

[bom fim-de-semana]

1 comentário:

MariaXL disse...

Guardo tudo, mas levo comigo a última frase! Também acho que verbalizar a felicidade pode ser inspiracional para os outros, para que acreditem que é possível! :-)