Catorze anos de ti e desta minha vida que, com o teu nascimento, mudou irremediavelmente para sempre.
Foram tempos duros, os que te seguiram. Uma despreparação completa para ser mãe e uma vontade imensa de continuar a ser só filha. Medo de não ser capaz de te fazer feliz e seguro para a vida. Medo de te falhar e de não te bastar. Medo e culpa, os dois maiores fardos da maternidade, muito maiores que as noites mal dormidas, que os choros intermináveis, que o rio de leite a escorrer-me corpo abaixo continuamente, durante meses {e digo-o em sentido literal}.
Passados catorze anos, no entanto, vejo o que só a distância permite: que não foram as minhas falhas que te moldaram, mas os meus acertos, uma certeza que me descontrai a vida, te garanto.
Tudo depois de ti foi mais fácil, porque me ensinaste o que ainda não sabia: que o Amor se basta a si próprio, como um truque de magia. E que o tempo se encarrega de repor a verdade.
[parabéns, meu amor]
2 comentários:
:) que palavras mais bonitas. Muitos parabéns! (é uma luta diária perceber essa coisa simples "que o Amor se basta a si próprio". obrigada pela (re)lembrança)
e o tempo que se encarrega de repor a verdade...quero tanto acreditar nisso...com um filho com 13 anos que decidiu escolher ir viver com o pai...que dor...:(
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