Agosto é um mês lixado.
É o mês em que o meu carro vai à inspecção, em que pago o Imposto de Circulação e em que encomendo livros e material escolar vezes três. Também é o mês em que vejo fugir o meu sossego mental, porque começo a antever a quantidade de horários que terei de conjugar: os da escola dos miúdos com os do basket e os da natação e, provavelmente, com os de uma arte marcial qualquer.
Não estou sozinha nisto, nem poderia. Sei que esta azáfama diária contará com a ajuda preciosa de "avós, pai e padrasto de armas", e sei que a angústia que sinto é só até a rotina entrar nos eixos. Ainda assim, e até lá, faço esquemas mentais, tiro notas, registo compromissos na agenda do telemóvel e numa em papel {a que continuo a preferir}, ponho lembretes, faço o pino para não me esquecer do exame médico da Federação de Basquetebol, da encomenda dos livros on line, da Prevenar para três, das consultas no Dentista, deste mundo e do outro.
E no meio disto tudo, tento respirar com calma, e repetir a mim própria que já faço isto há uns aninhos.
A verdade é que nesta, como noutras alturas do ano, somos mulheres de armas na conjugação deste sufoco familiar, ainda que muitas de nós vão tendo ajuda, como é o meu caso.
A todas as mulheres e mães deste mundo, um abraço solidário neste momento lixado do ano.
Somos mulheres de armas.
2 comentários:
São momentos cheios de vida que passam tão depressa. Aproveite cada segundo.
Abraço da mulher de armas que também gosto de pensar que sou, com tanta coisa que vou fazendo todos os dias, apesar de ser uma felizarda que conta com ajuda dos avós!
bj
Marlene
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