segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Fim-de-semana memorável




















Precisávamos urgentemente de sair de Lisboa e fingir que voltávamos a estar de férias. Foi com esse espírito que rumámos a Óbidos, na passada sexta-feira, e que poisámos arraiais na Quinta da Azenha,  onde ficámos duas noites que poderiam ter sido vinte. Sim, queríamos lá ter ficado.
O plano era simples: um fim-de-semana romântico, num sítio sossegado, para me preparar mentalmente para a aventura que aí vinha, a minha estreia no trail.
A nossa estadia foi exactamente o que queríamos e precisávamos que fosse: retemperadora. E para quem precisa, como nós, de paz de espírito, silêncio, natureza e ambiente familiar, a Quinta da Azenha pode mesmo ser o paraíso na terra. Verde a perder de vista, paz e sossego, silêncio que chega a fazer um ruído bom e {perdoem-me todos os outros bonitos recantos da Quinta}, uma Biblioteca de sonho, onde gostaria de ficar a trabalhar e a ler a minha vida inteira. 
Comi amoras acabadas de apanhar da árvore, fiz amizade com galinhas e patos, pus os sonos em dia num quarto em que não se ouve uma mosca, dei um pulinho à Feira Medieval de Óbidos e comi o melhor crepe de centeio e de frutos silvestres da minha vida, descansei muito. 
Estas são as generalidades que todos os visitantes podem testemunhar. Para mim, contudo, será sempre muito mais do que isso, porque foi o sítio onde cumpri uma das maiores aventuras da minha vida. Foi de onde saí para me desafiar, e para onde voltei, eram cinco da manhã, magoada e de alma cheia. Mas sobre isso falarei num próximo post, quando a distância me permitir encontrar as palavras certas.

[post escrito em parceria com a Odisseias]

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