segunda-feira, 11 de maio de 2015

Fim-de-semana para memória futura








Escolhemos a Quinta de Santo António, a cerca de 7km de Elvas, para festejar o nosso primeiro aniversário de casamento. 
Queríamos a calma do Alentejo, as planícies a perder de vista, o silêncio das manhãs e das noites. Precisávamos, como de pão para a boca, de uma fuga da confusão diária dos nossos dias, e de uma oportunidade para uma espécie de cura de sono, sem gato a acordar-nos às cinco da manhã. Queríamos tempo e paz e sossego e, se não fosse pedir muito, um campo para correr, logo ali ao virar da esquina, e gastronomia verdadeiramente alentejana, para nos alambazarmos sem dó nem piedade, com a falsa desculpa de que uns quilómetros de corrida abatem tudo. Doce mentira.
A verdade, é que tivemos tudo o que desejámos. Absolutamente tudo. Uma quinta repousante e escondida de tudo e de todos, mas apenas o suficiente para estarmos na cidade em poucos minutos. O canto dos pássaros a acordar-nos a horas {in}decentes. A sericaia com ameixas de Elvas à nossa espera num quarto de reis. Uma vista deslumbrante sobre tudo aquilo. O sossego que deve preceder dias atarefados, como os que se avizinham.
Regressámos há um dia e já sinto a marca de nostalgia que os dias bem passados nos deixam. E nem sempre é verdade que um bom fim-de-semana apazigua os dias que vêm depois. A segunda-feira de hoje foi para esquecer, e a vontade de fazer um reset é constrangedora.


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