sexta-feira, 3 de abril de 2015

Eu, tu



A minha filha adormeceu em cima da minha barriga, como se quisesse voltar lá para dentro. Como se reconhecesse o espaço onde morou nove meses. Como se se aconchegasse num ninho que é dela.
Os filhos crescem e ganham asas para voos altos e ainda bem. Mas senti-los, às vezes, ainda tão perto, devolve-nos a certeza de que serão sempre nossos. Mesmo que se esqueçam disso.

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