quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Segundas oportunidades

Quando nos separamos, perdemos uma família. Não há volta a dar, faz parte do pacote.
Pode {e deve} manter-se a cordialidade e o respeito, e tantas vezes o contacto, sempre que há filhos e netos envolvidos, mas deixamos de pertencer. Deixamos de fazer parte.
Perdemos casamentos, baptizados, nascimentos. Perdemos a convivência com a maioria das pessoas com quem privámos tantos anos. Perdemos laços e perdemos gente.

Se ainda estivesse no meu primeiro casamento, já teria sido tia pela primeira vez.
Ontem, nesta minha nova vida, soube que vou ser, finalmente. E a felicidade disto, não sei explicá-la, nem escrevê-la.
Acho que basta vivê-la. E agradecer a segunda oportunidade.

2 comentários:

ddm disse...

Tendo sido tia pela primeira vez há quase um ano, posso-te dizer que tem sido uma experiência maravilhosa.
Ver a minha irmã naqueles dois bebés, o nível de intimidade e amor imediatos!...
Parabéns!! :)

Mafalda disse...

também eu me separei, como já várias vezes referi aqui no teu canto e também eu segui outro caminho e constituí outra família e sim, concordo em absoluto com o que dizes, porque de facto perde-se a ligação com a família que nos recebeu e acolheu durante vários anos. Um dia destes vi uma fotografia no FB de uma prima do meu ex marido que estava com a afilhada - que eu me recordo com uns 5/6 anos e que é hoje uma adolescente! Quando a vi é que me dei conta do tempo que já passou e de todas as mudanças que entretanto ocorreram, da passagem do tempo em todos nós.
Também já não é a primeira vez que oiço e até que me dizem que "sogra(o) há só uma" e que podemo-nos separar, mas sogro(a) serão para sempre, assim como cunhadas(os) e isso, eu discordo. Não tenho qualquer relaçao com os meus ex-sogros, avós da minha filha, além da cordialidade típica de quem tem uma criança em comum. E acho muito injusto para com os meus actuais sogros, que me tratam como os anteriores nunca trataram, que sempre me receberam de braços abertos, que cuidam da minha filha como se neta deles fosse, que não os considerasse como "meus" sogros! As relações criam-se e fazem-se e se nem os casamentos são definitivos, porque motivo os sogros, tios ou cunhados o hão-de ser?
beijinhos*