quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Entrada em 2015 [vómitos, planos, fé no Amor]

O Ano Novo chegou, duro como só ele.
Corpo dorido dos vómitos da véspera, dores de cabeça lancinantes, e marido enfiado na casa-de-banho na madrugada de 1 de Janeiro, imagino que com a mesma virose que me atacou a mim e ao meu filho mais velho no último dia do ano [não, não devem ter sido as almôndegas].
Não tenho fotos glamourosas da noite de passagem de ano, vestido escolhido com primor para a ocasião, nem copo de espumante na mão.
Tenho uma fotografia esticada no sofá de uma amiga, a simular o meu melhor sorriso amarelo, manta em cima de mim e filho logo ao lado, com a sua cara real, de quem vomitou de manhã e dormiu todo o dia.
Ainda assim, e porque tenho esta estranha mania de ser optimista, acho que talvez tenha sido uma passagem de ano genuína. Afinal, não tive de fingir uma alegria contagiante, nem fui sujeita à sessão de beijos, abraços e promessas que se segredam depois das doze badaladas. Fui comedida nas palavras, mais silenciosa que o meu costume e honesta com o período que vivo: esta fase da vida em que procuro conter-me para não desmoronar em prantos.

Apesar disto, sei que 2015 será um bom ano. Um ano de  provas e de lições. 
A primeira, já sei de cor: os sonhos também têm um preço. E ainda assim, são para serem vividos com prazer. Sempre. 




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