quarta-feira, 26 de novembro de 2014

E de repente, és quase do meu tamanho!


É quando olho para fotografias como esta, que percebo que cresceste.
Que já não és o meu menino de colo. Que já não te adivinho todos os pensamentos. Que já não te amparo todos os sofrimentos. Que não te dissolvo todas as preocupações.
Tu és tu e eu sou eu. E por mais que te queira proteger de todas as tempestades e de todos os tropeços, sei que não chegarei sempre a tempo, como já te cheguei. Na altura em que todas as mazelas se tratavam com pensos rápidos e betadine.
Esse tempos já acabaram para nós os dois, meu amor, e acho que já sabes isso.
As tuas dores começarão agora a fazer-se de outra matéria. Da alma e do coração. E para essas, resta-me permanecer sempre. E dizer-te que a vida ainda agora começou. E que às vezes dói, mas muitas vezes, cura.




1 comentário:

Anónimo disse...

Bonito texto....
Como se faz para curar essas dores da alma ? é que as minhas não as consigo curar!!