domingo, 29 de junho de 2014

A vida nem sempre espera [socos no estômago]

Há uns anos atrás, vivi de perto a morte do filho de uma grande amiga.
Nunca aqui falei disso, por respeito a ela. Porque acho que há histórias que não nos pertencem, por mais que tenhamos feito parte delas.
Hoje, com a notícia da morte do filho da Judite de Sousa, voltou-me tudo outra vez. A certeza de que a vida continua, mas nunca cheia. Nunca plena. Nunca mais a mesma.
Não sei como se ultrapassa, nem como se continua a viver. Imaginar, tira-me o ar e o chão. 
Resta-me {resta-nos a todos}, a única coisa: gozar cada pedaço de felicidade sem parcimónia. Sem salamaleques, nem grandes protocolos. A vida não se engole com frugalidade. Engole-se e pronto. De um trago.
A vida nem sempre espera.

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