terça-feira, 13 de maio de 2014

Amesterdão #2









À medida que o tempo vai passando longe de casa, vou refinando o prazer dos dias sem obrigações. 
Devia ser ao contrário. Seria expectável que as saudades de quem amo e por lá ficou, sabotassem o meu dolce far niente. Mas nem tudo acontece como o esperado. As saudades dos meus filhos aparecem a cada esquina: quando vejo crianças brincar, quando observo mães com filhos, quando descubro algo que sei que gostariam, mas elas não minam a liberdade de estar sem eles. Na verdade, as saudades servem uma missão retemperadora: lembrar-me da falta que lhes sinto será um balão de oxigénio quando o cansaço das rotinas se instalar. Tudo tem um propósito.
Até lá, saboreio uma Heineken numa esplanada qualquer, engulo um waffle coberto de chocolate sem culpa e caminho sem norte durante horas. Até os pés doerem. Até ser noite. Até me apetecer.
Porque é preciso acreditar, com todas as minhas forças, que mereço o que a vida me dá.


5 comentários:

macaca grava-por-cima disse...

ai essa cidade, é tão romântica e excelente para andarmos infinitamente, sem norte... tem recantos maravilhosos e sentes-te sempre bem...

S disse...

Aproveitem muito :-)
Estou muito feliz por vocês :-)
Bjs
SB

S disse...

:-)

Paula Ferrinho disse...

E merece mesmo, Marta. Acho mesmo que todas merecemos "essas coisas que a vida nos dá", basta assim, aceitá-las sem culpas e com um gosto enorme, do tamanho da nossa felicidade!
Um beijinho!

Leila disse...


Mal posso esperar por Agosto. Conto lá ir nessa altura com os meus filhotes. As fotos estão fabulosas!!