Depois deste episódio nunca mais corri.
Tenho usado e abusado do Voltaren e pus gelo nas primeiras horas, mas também tenho feito algumas asneiras: continuo em cima de saltos altos diariamente, subo e desço escadas constantemente {basta dizer que trabalho no sotão de um palácio}, e sou profissional na arte de interromper tratamentos quando acho que a coisa já está a melhorar, o que não me parece o caso. Afinal, não me aguento em pé muito tempo seguido e tenho sempre a sensação esquisita de que o joelho vai quebrar a qualquer momento. "O maldito" incomoda-me durante a noite em certas posições {e não me refiro às mais acrobáticas, sequer}, e continuo com uma dor fininha que sobe até à anca esquerda, a lembrar-me teimosamente que tenho perna.
Hoje, depois de uma sandes de queijo, de um abatanado cheio e de uma delícia folhada, decidi ir caminhar para tirar as teimas e as calorias a mais. E bastaram-me dez minutos para perceber o estado da nação: a mesma dor daquela noite, o mesmo desconforto, a mesma sensação frustrante de limitação. E logo agora, que tudo acontece na minha vida e que preciso de corpo e de mente sãos para levantar voo, tenho um joelho deitado a baixo, a lembrar que Roma e Pavia não se fizeram num dia. Imagino que seja essa a lição.
Resta-me manter a cabeça saudável e cultivar a paciência.
Acho que é isso.
2 comentários:
Gostei do sou especialista em interromper tratamentos ...tb sou assim...qd está melhor páro tudo...
As melhoras.
www.margaridaflordaminhavida.blogspot.pt
Bem feita por seres teimosa. As melhoras, ainda assim!
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