quinta-feira, 6 de março de 2014

O preço de ser saudável

Adoro comer e corro para continuar a fazê-lo, sem culpa.
A sensação de cometer excessos gastronómicos sem me penalizar depois, amplia o prazer e prolonga-o por mais tempo, elevando-o ao estatuto de prazer da gula tântrico.
Dá-se o caso do nosso corpo ser malandro nesta coisa dos prazeres, e finta-nos quando abrimos espaço para sermos um bocadinho mais saudáveis. 
Passo a explicar: logo agora que volto a gostar de fazer exercício físico, que como papas de aveia como quem come arroz doce e que sinto enlevo ao saborear tangerinas {logo agora!}, fico mal disposta com o lombo de porco apuradinho e com a manteiga da torrada da manhã.
Sei que há centenas de teorias da conspiração que explicam o fenómeno. E {quase} todas fazem sentido. Mas às vezes gostava que o nosso corpo fosse menos inteligente. E que percebesse, não tão depressa, que há coisas que pode e deve passar sem.

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