segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Família a nu

Hoje, à mesa do jantar, fizemos todos um jogo. Cada um de nós, à vez, dizia uma característica sua de que gostava e uma outra menos boa, que poderia melhorar.
Deparei-me com o seguinte cenário:
Um dos meus filhos teve sérias dificuldades em apontar uma característica sua positiva, enquanto que o outro teve a mesma dificuldade em identificar uma negativa.
Fiquei igualmente a saber que a minha filha {de 6 anos e recém chegada ao 1º ano}, acha que precisa ter mais paciência para fazer os trabalhos de casa, e que as partes do seu corpo que gosta mais são "o rabo" e o "cérebro", porque diz que gosta de pensar.

Acabei o jogo a constatar, mais uma vez, que não educamos de forma igual nunca e que cada um dos nossos filhos {como de resto, cada um de nós}, é absolutamente único na forma de ver o mundo e de se ver a si próprio.
O desafio da maternidade e da paternidade é educar para a singularidade que cada filho merece, e ajudá-lo na missão de olhar o mundo como precisa. No caso dos meus filhos, mostrando a um {o que vê poucas coisas positivas em si próprio} que tem o direito {e o dever} de agarrar o mundo com unhas e dentes e de igual para igual, e ao outro {aquele que não vê nada que precise melhorar porque só tem coisas boas}, que também é no exercício da humildade que se chega à grandeza.

Não sei se consigo fazer isto na confusão dos dias, entre correrias para a escola, jantares e almoços, banhos e trabalhos de casa. Não sei.
Acalma-me pensar que sim. Acho que por hoje, isso chega.





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