quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Dos sonhos que nos acordam para a vida

Hoje tive um sonho estupidamente revelador. Entrei no escritório de alguém que na vida real tem o poder de me intimidar, e depois de termos tratado do que ali me levara, quis sair dali depressa. Muito depressa. 
No meio da atrapalhação da "fuga", perdi os sapatos debaixo da mesa e por mais que os tentasse aflitivamente encontrar, não conseguia. E não conseguia sair dali, debaixo da mesa, numa sala que entretanto se enchera de gente desconhecida para uma outra reunião que já não era minha.
Depois de um tempo {que imagino demasiado}, à procura dos meus sapatos, lembro-me que os encontrei desirmanados {um de salto alto e um raso}, e saí depressa, finalmente. A sorrir por fora, a mancar da diferença provocada pela altura dos sapatos, e a sangrar por dentro. De vergonha, de humilhação e de medo.
Hoje dei por mim a contar este sonho a uma amiga e a ficar muito triste com isto. Um sonho que me atingiu como uma bomba e que me acorda para uma dura realidade: a de que há medos que continuam a perseguir-me aflitivamente, e que tenho de desconstruir sob pena de definhar.
A propósito disto, a minha amiga dizia-me "Um dia vais ter de virar a mesa". E acho que vou mesmo. A bem da minha saúde.


2 comentários:

Frida Kahlo disse...

Um dia, a bem da tua sanidade, vais ter de te ultrapassar e virares a boneca. Sentir-te-ás melhor. Vires a mesa ou não, estou cá sempre para ti.

Dolce Far Niente disse...

Eu sei, minha querida. Obrigada do coração.