sexta-feira, 28 de junho de 2013

Grãos de Gente, obrigada!

Ainda há jardins-de-infância assim...que não se importam de encher os miúdos de terra, de ar puro e alegria, e que longe daqueles ambientes assépticos típicos de tantos equipamentos de infância por aí, não enfiam as crianças numa bolha. Ao contrário, preferem pô-las em contacto com os micróbios da vida em doses saudavelmente controladas, e mostrar-lhes os números e as letras desenhadas com um pau, na areia.
Foi um jardim-de-infância destes - que não se acanha em dar a conhecer a Vida no seu estado puro às crianças que integra - que escolhi para os meus três filhos. E vos garanto que não me arrependo.
Hoje foi a festa de final de ano da minha filha { a última da minha filharada a usufruir deste privilégio de escola}, um pic-nic para os meninos e famílias, num ambiente de convívio e de simplicidade. Ficou longe daquelas festas ensaiadas e formais, em que cada sala, de forma aprumada e disciplinada {nesta altura do ano, num auditório qualquer e debaixo de um calor irrespirável ou frio polar artificial}, obriga as crianças a mostrar proezas, tantas vezes debaixo de alguma dose de sofrimento para os mais pequenos.
A festa da Grãos de Gente foi muito longe disso e ainda bem. Houve merendas trazidas pelas famílias, pés descalços, descontração. Houve um cenário idílico {que nem todas as escolas têm a sorte de ter a Estação Agronómica como pano de fundo}, gargalhadas e espaço. Muito espaço.

Hoje foi o último dia da minha filha no jardim-de-infância, que já tem estatuto de menina crescida. E porque não se avizinham mais filhos no meu horizonte, foi também a minha despedida deste espaço e daquela família.
À Carmelinda, à Ana, à Graça, à Eugénia, à Sandra e à Marta, os meus agradecimentos por terem contribuído para a autonomia e para a felicidade dos meus filhos.
Ainda há jardins-de-infância assim...e ainda bem.

















MM





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