domingo, 10 de fevereiro de 2013

Voluptuosa Miss Dahl

Por sugestão desta amiga, ando a ler "As Voluptuosas Receitas de Miss Dahl".
Fiquei com uma vontade imediata de comprar o livro quando Sophie Dahl andava pela SIC Mulher, mas depois de ter acabado o programa, esqueci o assunto.
Voltei a ele quando a amiga já referida me abriu os olhos em forma de farol {como sempre faz quando se empolga com alguma coisa!} e me disse que o livro era delicioso, não só pelas receitas de fazer crescer água na boca, mas pela escrita {também ela deliciosa}, de uma mulher que SABE escrever.
Bem sei que parece estranho dizer que ando a ler um livro de cozinha, como se os livros de cozinha só tivessem ordem de consulta, abertos cirurgicamente para copiar uma receita qualquer, e fechados logo a seguir. Alguns, talvez. Este não.
Este dá vontade de ser lido, porque é muito mais que um livro de receitas. 
Conta a história de uma mulher apaixonada pela vida {pelas pequenas coisas da vida}, pelo seu homem {Jamie Cullum, by the way!}, e que aprendeu a pulso a gostar de si, tal qual é. Sem medo do prazer.
E se dúvidas houvessem sobre a forma apaixonada como Sophie Dahl escreveu este livro, aqui fica a dedicatória que lá deixou,:
" Para Jamie, em cuja mesa gostaria de envelhecer. Com todo o meu amor."



Estas palavras sem medo de soarem ridículas, misturadas com queques de pêra e gengibre, pêssegos no forno com canela e iogurte de baunilha, ovos mexidos com agriões e salmão fumado, torta de limão Capri e bolo de maçã e amoras, renderam-me.
Isso, e a constatação na primeira pessoa, de que não é preciso prescindirmos dos prazeres da boa mesa para nos sentirmos leves como uma pena.
Que o alívio tira-nos peso de cima...

MM

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